Rejeitar o Orçamento de Estado é colocar em causa o caminho de concretização das reivindicações dos Açorianos

PS Açores - 26 de outubro, 2021

“Os Açores puderam sempre contar com o Partido Socialista quando este foi governo na República, o mesmo não se pode dizer em relação ao PSD”, assegurou, esta terça-feira, a deputada do PS/Açores, para salientar que, no caso de o Orçamento de Estado (OE) vir a ser rejeitado, será posto em causa “o caminho de reivindicações dos Açorianos que ao longo destes seis anos viram a luz do dia”.

Lara Martinho, que intervinha na apreciação na generalidade do OE para 2022, lembrou que o não votar favoravelmente irá “impedir a consolidação de um caminho que desde 2015 se vem construindo e que, no caso dos Açores, significou o cumprimento integral da Lei de Finanças Regionais”, o que nunca aconteceu com o governo do PSD/CDS.

Mas, conforme recorda, o caminho percorrido permitiu ainda, e pela primeira vez, a comparticipação financeira das ligações aéreas inter-ilhas, o apoio à SATA, a instalação de projetos internacionais nos Açores como o Observatório do Atlântico, o Air Centre ou o Centro de Operações do Espaço o Atlantic Centre”.

De acordo com a parlamentar este caminho permitiu ainda “o apoio à revitalização da ilha Terceira, a criação da rede de radares meteorológicos e dos novos cabos submarinos, a forte aposta na agenda espacial com a criação da Space Portugal nos Açores e o desenvolvimento do Porto Espacial, a comparticipação em 85% dos estragos provocados pelo furacão Lorenzo ou a distribuição dos 5% da bazuca europeia para os Açores”, sendo certo que na Região, com um governo liderado pelo PSD/CDS/PPM e com o apoio do Chega e Iniciativa Liberal, este caminho de sucesso está a ser colocado em causa.

“O Porto Espacial está hoje posto em causa devido à inação do governo regional. Quanto ao furacão Lorenzo, o governo regional liderado pelo PSD, num ato que só podemos classificar de pura incompetência, simplesmente esqueceu-se de solicitar mais de 60 M€ à República, e quanto à bazuca, os primeiros 117 milhões, no âmbito das agendas mobilizadoras, foram distribuídos pelo governo da Região à surdina, numa total falta de transparência a apenas a 30 empresas açorianas”, referiu a Socialista, para reforçar que na Região reina “um clima de desconfiança, de suspeição e de falta de transparência”.

Para Lara Martinho, e se o Orçamento de Estado acabar rejeitado, “a história não nos julgará com bondade”, sendo que, com o PS no Governo da República, os Açores sempre puderam contar com “a disponibilidade para apoiar a nossa Região, para fazer mais e melhor e torná-la um elemento fundamental da projeção do nosso país no mundo”.